Quando cheguei lá realmente não sabia o que iria acontecer, já estava formada uma roda de cadeiras e pufis e apenas me sentei numa delas e esperei que o evento começasse.
Quando penso em oficina penso em colocar a mão na massa, aí então fiquei pensando o que seria uma oficina de cultura?
O que rolou na verdade foi melhor do que eu esperava, um debate sobre a cena independente de hoje. Com o Rodrigo e o Daniel falando sobre o que foi a cena independente nos anos 80 e 90, e como eles vêem a cena que se está contruindo nos anos 2000.
Foi um debate intenso sempre colocando a questão da facilidade de informação que temos hoje, com o fato de não estarmos sendo tão produtivos como em outra época fomos mesmo que com a informação ampliada que temos hoje graças a internet.
Na real o fato humano é o que está faltando, fazer contatos, levantar a bunda do facebook pra ir a algum show de bandas sem saber o que esperar, simplesmente pelo ato de socializar, trocar ideias, curtir um som.
Hoje estamos muito controlados no que fazemos e isso nos restringe ao que nos é conhecido. Sendo que o desconhecido é sempre o melhor. A sensação de se apaixonar por uma banda que não conhecemos ainda é o que nos move pra fazer musica, é o que nos dá animo pra tocar.
Eu acho que ser artista é se sujeitar ao desconhecido, sair do lugar comum, se apaixonar todo dia por algo diferente.
"Todo homem é um Artista" - Joseph Beuys
Quer se sujeitar ao desconhecido?
Vá ao evento Casa Vazia que acontece no dia 20/08:
Rua Calh. Frontini, São Paulo 819 - Jardim Patente
Com as bandas:
La Terrével Distorción
Feliz Amor do Felino Ferido
Black Bean Project
Ramsters
Muff Burn Grace
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